5.1.10

Viva o proletariado!



Tem gente que vai ler essa postagem e achar que eu sou preconceituosa. Azar. Eu não sou, mas também já há muito desisti de tentar ganhar o troféu miss simpatia do ano. Aliás, quem me conhece sabe que eu nunca nem sequer tentei.

Estou escrevendo para falar da maravilha que pode ser ter uma história com um digno representante das classes operárias. Em primeiro lugar, a relação já começa com o pé no chão. Você sabe que ele não é o homem com quem você quer casar e ter filhos. E ele, também, jamais pensaria em ter um relacionamento sério com uma criatura tão cheia de frescura quanto você. O que ele quer é simplesmente sexo. E você, se não for boba, também.

Homens assim têm pegada de macho – coisa cada vez mais rara entre os representantes do sexo masculino da classe média -, nunca vão querer discutir a relação, não têm dramas existenciais e, o melhor, têm um corpinho sarado naturalmente de tanto carregar saca de cebola nas costas, por exemplo.

É um cara que jamais vai ficar puto se tiver que trocar um pneu do seu carro ou se você pedir para ajudar a colocar umas prateleiras na casa ou consertar uma torneira quebrada. Ao contrário daquele seu namorado com bronzeado de escritório, nosso amigo operário sabe usar uma furadeira e uma chave inglesa.

Para falar a verdade, os representantes do proletariado normalmente são bons no manuseio de todas as ferramentas! (Eu disse to-das! Entendeu? Ahã?!)

E ainda podem te ajudar indicando um mecânico que não vai te roubar e um marceneiro amigo que cobra baratinho e tem um serviço ótimo.

Então, minha amiga, fique atenta: uma boa aventura amorosa pode estar, literalmente, logo aí do seu lado, batendo uma laje na casa do vizinho agora mesmo!

Fala sério! Quem é que você prefere?




Para que a sua história não acabe em roubada é preciso apenas obedecer a uma regra: nunca, mas nunca mesmo! invadam o universo um do outro.

Tenho uma amiga que certa vez inventou de levar o seu belo operário para comer sushi. O resultado não poderia ser outro: o colega saiu vomitando peixe, alga e arroz pelo restaurante inteiro.

Também nem pense em fazer os programas do parceiro, ou vai acabar na gravação do DVD de alguma aparelhagem em uma “sede” em algum ponto obscuro da região metropolitana de Belém. É o tipo de coisa que só vale à pena se você é antropóloga ou tem muito espírito aventureiro, do tipo que vai passar as próximas férias escalando o Everest.

Menos ainda espere que ele tenha paciência para escutar o que o seu analista disse na última sessão ou as suas impressões sobre aquele filme iraniano – você jura mesmo que assiste filmes iranianos? – que viu na semana passada.

O bom mesmo é pegar seu operário e levá-lo para o motel e, em seguida, para um bom boteco com peixe frito e cerveja gelada. Isso sim é o paraíso!

Até porque eu até hoje não sei quem foi que inventou que sexo casual – com proteção, é lógico! – é uma coisa ruim.

Por que é que a gente precisa querer casar com todo o indivíduo que leva para cama? Essa necessidade de andar com um periscópio caçando marido é uma das piores coisas que incutiram na cabeça das mulheres.

Aventuras sexuais são maravilhosas também e, com o passar do tempo, você começa a perceber que, na verdade, ter sexo pelo menos três vezes por semana é melhor do que ter um homem roncando toda a noite do seu lado e, creia, normalmente quando você tem um, não tem o outro.

Um comentário:

Anônimo disse...

hhahaha

Essa história me lembrou uma amiga jornalista que tava de caso com o motorista de ônibus. Aí todo encantamento passou quando ele disse: "pô gata, tô com uns pobrema" kkkkkkk

Teu blog tá tudo de bom

hehehehe