Jornalismo, definitivamente, é uma profissão desgraçada. Sempre achei que quem envereda por esse caminho é uma pessoa que tem um karma muito pesado de outras encarnações.
Aquele povo que jogou pedra na Cruz, limpou o cu no Santo Sudário, ou cortou salsinha para fazer o vinagrete do churrasco na Tábua dos Dez Mandamentos. Tem muitas contas a pagar com o povo lá de cima ou melhor, com o povo lá de baixo. Sim, porque jornalismo é uma profissão do capeta.
Quer um exemplo? Para quase todas as pessoas do mundo dia 1º de Janeiro é um feriado que serve para curar a ressaca do Réveillon. Para jornalistas, não. É um dia normal de trabalho. Tá certo que tem um monte de outros profissionais que também trabalham normalmente no Dia da Paz Universal, mas com os jornalistas é diferente.
E aí eu volto para a história do karma. Coisas inacreditáveis acontecem com jornalistas na virada do ano. Parece que, aos olhos do universo, não basta apenas que o pobre escriba trabalhe nos feriados. É preciso que o dia anterior tenha sido a visão do inferno.
Bom, eu tenho um amigo que não é jornalista e que passou a virada do ano sozinho no Congo e, segundo ele próprio, comendo feijão em lata depois de uma experiência profundamente desagradável com frutos do mar no Natal. Mas a história dele não invalida a minha teoria.
Afinal de contas, esse meu amigo faz parte de um grupo muito especial: a minha turma da pré adolescência. Para eles eu tenho outra teoria: fomos cobaias de uma experiência ultra-secreta do governo brasileiro. Porque não tem um da turma que tenha se transformado em uma pessoa adulta 100% normal.
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