Meu próximo emprego!
A cada dia me convenço cada vez mais que essa vida de dureza não é para mim. Essa história de depender de salário é o fim da picada e um dos meus planos para 2010 é arrumar urgentemente um titular para o meu cartão de crédito.
Bom, na verdade esse deve ser mais um daqueles projetos de começo de ano que acabam não se realizando nunca por total ausência de força de vontade. Porque arrumar um cara que te sustente até não é tão difícil. A pior parte é ter que aturar o dito cujo e eu não tenho mais paciência.
Confesso, no entanto, que na semana passada eu quase capitulei. Tudo por conta de uma dessas histórias bizarras que só acontecem quando a gente está sem grana.
O dia começou normal. O contracheque estava sendo entregue no Departamento de Pessoal e todo mundo estava confiante de que à meia-noite os salários estariam depositados nas contas.
Aí eu tive a brilhante idéia. Convidei um amigo da redação para a gente tomar umas cervejas no final do dia. O colega aceitou. Quando saímos do jornal fomos para um boteco, dispostos a calçar as pantufas de jaca sem medo.
O problema é que jornalista não sabe beber e nós dois – meu amigo e eu – menos ainda. Começamos a entornar quantidades industriais de cerveja. Era como se estivéssemos no dia 20 de dezembro de 2012, a véspera do fim do mundo segundo o Calendário Maia.
Com a confiança de que as contas bancárias estariam abastecidas no dia seguinte, bebemos como se não houvesse amanhã. E comemos também. “Traz mais churrasco de filé de bacon! Olha, come mais um coraçãozinho que está uma delícia!”.
Perdemos a noção do tempo e do espaço. Saímos fechando botecos ao longo de toda a Avenida Duque de Caxias. Depois que não havia mais nem um mísero pé sujo aberto nas redondezas, invadimos uma loja de conveniência e, em seguida, uma loja do Bob´s onde eu tomei o pior chope de toda a minha existência. Tava tão ruim que, mesmo completamente bêbada, eu achei intragável.
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