Textos sobre o universo feminino. Lexotan na veia para segurar a onda de ser essa nova mulher, mãe, trabalhadora, inteligente, bem humorada, descolada, boêmia, independente... e quase sempre sem namorado.... Quer saber? Esquece esse negócio de luz aí de cima e venha mesmo é juntar-se ao lado negro da força!
5.1.10
Vida Bizarra
Tenho amigos que não acreditam nas histórias que eu conto aqui. Acham que meus relatos são todos frutos da minha mente doentia. Adoraria poder dizer que sim, mas não.
Tudo que conto no blog é baseado em fatos reais, porque não têm nada mais bizarro do que a vida como ela é.
Esta semana mesmo uma amiga, a propósito da última postagem, me contou o Réveillon dela. Foi com a família, que mora em outro Estado. O pai dela é político em uma pequena cidade do interior. Aí resolveu que ia percorrer a pé o trajeto entre a casa onde mora – na parte alta da cidade – e a casa dos parentes onde ia rolar a festa – na parte baixa do pequeno núcleo urbano.
No caminho, foi cumprimentando toda a vizinhança, de um por um. Minha amiga já estava desesperada. A casa dos parentes não chegava nunca e as horas iam passando.
Em um momento de total desespero chegou a cogitar a possibilidade de passar uma rasteira no velho para ver se ele se desequilibrava e ia rolando ladeira abaixo para chegarem mais rápido na festa.
Minha amiga se conteve. Afinal, o velho podia acabar se machucando e aí não ia ter mais Réveillon nenhum.
Quando faltavam apenas dez minutos para a meia-noite, conseguiu finalmente chegar ao local dos comes e bebes.
Encontrou com parentes que não via há muito tempo. A maioria fez questão de prestar solidariedade pelo fato de ela estar morando agora no Norte, “aquela parte com os mais altos índices de miséria do País”.
Um dos seus primos, então, entrou em êxtase. Perguntou se podia visitá-la algum dia, se tinha mesmo muitos pobres onde ela morava porque o sonho dele era trabalhar para as populações carentes. Minha amiga ficou pensando quando é que tinha dito para a família, por engano, que tinha se mudado para a Etiópia.
A conversa evoluiu tanto que minha amiga desviou rapidamente o rumo da prosa. Ficou com medo que a parentada organizasse na cidade algum show do tipo “Live Aid” e que tivesse que pagar excesso de bagagem para trazer donativos para os nortistas que passam fome na Amazônia.
Tem coisa mais bizarra?
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