5.1.10

Porque nos apaixonamos pelos homens errados I



Essa é uma pergunta que toda mulher já se fez. Olha que a gente bem que tenta se livrar dessas roubadas, mas, quando a gente vê, lá estamos nós de novo babando, com os olhinhos brilhando, por um ogro qualquer.

Mulheres jornalistas, então, são vítimas eternas dessas criaturas. Em parte isso acontece porque a gente convive diariamente e acaba se envolvendo com homens jornalistas – um grupo que, quase sempre, está no topo da categoria roubada.

Mas mesmo quando a gente consegue fugir dos namoros com coleguinhas, não escapa de cair em ciladas.

Aparentemente é inevitável para as mulheres se envolverem com homens errados. Há quem ache, inclusive, que essa é uma experiência educativa. Tenho uma conhecida que diz que todas precisam ter uma quota de “como pude? “ em sua vida.

É aquele tipo de indivíduo por quem você se apaixona perdidamente e, depois, quando você finalmente recupera a sanidade, olha para a cara da criatura e pensa: “Como pude me envolver com esse cara?”

Um dos tipos mais comuns é aquele que vive sumindo e reaparecendo na sua vida. Eu tive um desses que eu chamava carinhosamente de Copperfield porque me lembrava um mágico que fez muito sucesso há alguns anos, o David Copperfield. Meu ex-roubada era um mestre do ilusionismo. Vivia desaparecendo nos momentos mais inusitados e depois reaparecia em grande estilo como se nada tivesse acontecido. Era infernal.

Esse roubada clássico tem um subgrupo perigosíssimo que é dos Jason. Aquele personagem que ao final de cada episódio você manda para o inferno e pensa que se livrou dele. Aí, quando você menos espera, ele volta para te despedaçar de novo.

Para esse tipo de figura só existem duas saídas: ou você se afasta para sempre – se ele for um Jason pode ser conveniente inclusive mudar de endereço, de telefone e até cogitar a possibilidade de uma plástica facial – ou você desencana com essa história de compromisso e transforma ele num desses amigos com quem você trepa – aliás, um bom tema para outra postagem.

Essas criaturas são até inofensivas diante da categoria ogro total. É aquele cara que te trata mal, flerta com as tuas amigas, nunca te leva para lugar nenhum que preste, não sabe o significado da palavra gentileza e, ainda, assim você olha para ele como se ele fosse uma taça gigante de profiteroles com calda de caramelo e sonha com o dia em que terão uma família feliz igual àquelas de comercial de margarina.

Santa ingenuidade, Batman!

Nenhum comentário: