14.1.10

TPM Masculina

Recebi esse vídeo de um amigo e estou compartilhando com vocês.

13.1.10

A bagaceira mor I

Sinto que estou entrando em um novo ciclo de bagaça. Acho que é porque esse é o meu último ano na casa dos 30. Em 2011 faço quarenta. E é significativo que a minha entrada na casa dos “enta” aconteça exatamente às vésperas do fim do mundo. É por isso mesmo que eu pretendo marcar a data com uma puta festa. Daquelas que serão lembradas para o resto da vida, ou, se os maias estiverem mesmo certos, pelo menos até o dia 21 de dezembro de 2012.

O único problema dessas minhas fases de bagaceira é que invariavelmente eu encerro elas com chave de ouro, fazendo uma merda fenomenal e juntando as escovas de dente com um ogro qualquer. Mas vamos que vamos. Seja o que Deus quiser.

É verdade que, hoje em dia, já não dá mais para ser tão bagaceira quanto eu era aos 20 anos. A idade pesa. Naquela época, quem me conhece há muito tempo sabe que eu saia da farra direto para uma loja de departamentos, comprava uma roupa nova e seguia de emendada para o trabalho. Chegando lá, tomava banho no banheiro da redação. Bagaça total.

Mas essa é só a primeira fase. O sinal de alerta se acende mesmo quando eu começo a chegar no trabalho usando camisa masculina. Significa que eu já estou dormindo na casa do ogro. E que em breve eu vou deixar a bagaça para me atirar de braços abertos no poço de piche.

Durante um tempo eu o meu grupo de amigas da bagaça até tentamos criar um estatuto das bagaceiras. Mas é obvio que, como estávamos sempre todas invariavelmente bêbadas, a idéia não seguiu adiante.

Só me lembro de duas regras

“Bagaceira nunca se recusa a tomar a última da noite, mesmo que o dia já tenha amanhecido”
“Bagaceira não tem vergonha de ligar para o celular dos amigos às quatro da manhã querendo saber qual é a boa da noite”
Se as minhas amigas se lembrarem das outras, por favor, mandem e-mails para mim ou postem aí na caixa de comentários.

A Bagaceira Mor II

É claro que não dá para falar em bagaça sem lembrar da patronesse de todas as bagaceiras, a nossa querida Rê Bordosa.

Fiquei puta quando o Angeli decidiu matar a personagem, casando ela com o garçom. Sacanagem.

Para matar as saudades e também para quem não conhece a criatura, estou publicando ai em baixo o prefácio de um dos livros e um quadrinho com a minha tão querida musa inspiradora. Divirtam-se.






12.1.10

Séquisso

Esse vídeo aqui eu achei no youtube e estou compartilhando com vocês

Achei o máximo!

Tá vendo como é díficil manter um relacionamento estável?


As bobagens das revistas femininas

Ontem eu estava folheando uma revista feminina. A coisa toda até que estava indo bem, até que eu cheguei numa matéria com dicas para apimentar a relação.

Eu não sei se vocês concordam comigo, mas eu sempre achei que esse lance de dicas de revista feminina é a maior roubada. Ou reproduzem o óbvio ou então não passam de sandices.

Segui-las pode decretar o fim de um relacionamento feliz. E aí você vai se queixar para quem?

Duvida?

Saca só essa seleção com as dicas mais absurdas que a revista apresenta para “aumentar o tesão do seu gato”.

O gato ligou para você e disse que está chegando? Abra a porta nuazinha e surpreenda-o com um beijaço!
 Tudo bem, mas só vale se você tiver olho mágico. Já pensou se é o carteiro? Ou pior, o síndico do prédio, aquele senhor decrépito que já acha que você é doida mesmo e tá louco para te expulsar na próxima reunião do condomínio?

Bateu uma vontade de fazer amor no meio da noite? Vista uma calcinha minúscula , vire de bumbum para cima e peça para o rapaz ver se um mosquito te picou.
 Muita pobreza! To fora! A próxima!

Ele chegou suado do futebol? Como estará bem molhadinho, aproveite e solte a imaginação ao tatear o corpo do gato.
 Essa dica é de quem nunca teve um homem na vida. Homem não volta só suado do futebol, volta FEDENDO! E normalmente também todo sujo de lama. Impensável!

Faça seu próprio ensaio da Playboy. Crie poses sensuais e peça para ele fotografá-la.
 É e depois, quando vocês terminarem, ele coloca tudo na internet!

Escreva o nome do seu amado com batom no seu bumbum. Diga que aquele corpo está reservado para ele dar muito prazer.
 Além de ridículo, me lembra uma piada antiga. Na véspera do casamento a noiva resolve tatuar as iniciais do marido (Bruno) e dela mesma (Bárbara). A noiva tascou um B em cada lado da bunda. Quando o cara entrou no banheiro, na noite de núpcias, ela tirou toda a roupa e ficou lá, esperando ele de quatro na cama. Quando o cara viu a história ficou puto e começou a gritar “Quem é esse tal de BOB?”.

Compre uma peruca bem baratinha de cor diferente do seu cabelo. Vista-a e fale que ele tem duas gatas numa só.
 Hum... Peruca? Bem Baratinha? Melhor não ou você pode acabar com essa cara:



Seu namorado vai gozar muito, mas é da sua cara!

Mostre suas habilidades no sexo oral. Pegue uma banana e demonstre o que fará com ele em seguida.
Minha amiga, se o seu marido fica realmente excitado vendo você pagar boquete numa banana é melhor interná-lo urgentemente. Bom, a menos que você seja casada com um chimpanzé.

Num dia de sol, em seu quintal, ponha um fio dental e ele, uma sunga. Um deve espalhar protetor no outro e vice-versa.
Isso para mim está mais para justificativa para tomar sol na laje. Pobreza demais!

Deixe o celular dele entre as suas pernas por um tempinho. Então, peça que ele faça uma ligação qualquer. Com seu odor, ele vai esquecer o telefonema e se ocupar com você.
 Essa é um primor de imbecilidade. Primeiro porque, se eu fosse o namorado, ia é ficar muito puto! Como é que o cara vai fazer para tirar o cheiro de buceta do aparelho sem estragar o telefone? E segundo porque a revista insinua que a cara leitora é nota zero no quesito higiene íntima.

Não dá!

Um namorado ou um oculista?

Dia desses uma amiga estava dirigindo e tomou um susto. Parou no semáforo e viu, na esquina, por trás de um carrinho de cachorro-quente, um enorme jarro verde. “Nossa, o que será que essa cara vende nesse jarro?”. A curiosidade levou minha amiga a firmar melhor a vista.

Foi assim que a minha amiga descobriu que, na verdade, tinha confundido um homem com um jarro. Sim, o descomunal jarro verde era um representante do sexo masculino com as mãos na cintura.

Das duas uma: minha amiga precisa urgentemente de um oculista. Ou de um namorado.

Estou muito preocupada com a minha querida amiga. Tenho medo que, na próxima farra, ela acorde em uma olaria no Paracuri, agarrada com uma descomunal urna marajoara e ainda perguntando “foi bom para você, meu bem?”.

Se bem que com a qualidade dos homens hoje em dia, transar com um jarro pode até ser uma experiência interessante. Talvez ele tenha um pouco mais de criatividade. Sabe lá!

Mas amiga, não fique triste. Na verdade, estou solidária com você e já até achei uma foto do seu parceiro ideal. Lembra dele?




Quando eu era criança achava o Jarrão até bem gostosinho....

Eu sei o que você fez no Réveillon passado



Não são fogos! É o fígado explodindo depois da sidra!

Meus amigos definitivamente são um prato cheio para o blog. As histórias sobre passagens do ano do mundo bizarro não param de chegar até mim. Olha essa agora. Tenho uma amiga que – sabe-se lá por que – resolveu ir passar o Réveillon em Boa Vista.

Adoro a minha amiga e respeito os seus motivos, mas fiquei me perguntando o que leva uma pessoa de bem e, até então, aparentemente normal, a ir por livre e espontânea vontade festejar a chegada de um novo ano em um lugar escroto.

Deve ser algum tipo de promessa. Ou simpatia de Ano Novo. Porque aí o universo fica com pena de você e te faz ter um ano bem bacana para compensar a visão do inferno que foi o Réveillon.

Bom, mas a minha amiga estava lá, em Boa Vista, em um barzinho às margens do rio Branco. Já tinha tomado várias cervejas até que o garçom, já próximo da virada do ano, aparece oferecendo champanhe para brindar a chegada de 2010.

Não dava para ver o rótulo da garrafa, mas a minha amiga, boêmia de boa cepa, desconfiou logo: "Champanhe? Em Boa vista? Que champanhe é essa?"

É claro que você já adivinhou tudo!

Era a nossa velha e boa (boa é só modo de dizer) Sidra Cereser! Agora o que deixou a minha amiga besta mesmo foi preço da dita cuja: R$ 50! Dez vezes mais caro do que o normal!

E o pior! Um monte de gente comprou!

É o tipo de festa que você não pode deixar de perder: ver o ano novo chegar enchendo a cara de Sidra Cereser às margens do rio Branco, em Boa Vista!

Amiga, se for mesmo uma simpatia, 2010 será o melhor ano da sua vida!

Ser pobre é uma merda! I


Meu próximo emprego!



A cada dia me convenço cada vez mais que essa vida de dureza não é para mim. Essa história de depender de salário é o fim da picada e um dos meus planos para 2010 é arrumar urgentemente um titular para o meu cartão de crédito.

Bom, na verdade esse deve ser mais um daqueles projetos de começo de ano que acabam não se realizando nunca por total ausência de força de vontade. Porque arrumar um cara que te sustente até não é tão difícil. A pior parte é ter que aturar o dito cujo e eu não tenho mais paciência.

Confesso, no entanto, que na semana passada eu quase capitulei. Tudo por conta de uma dessas histórias bizarras que só acontecem quando a gente está sem grana.

O dia começou normal. O contracheque estava sendo entregue no Departamento de Pessoal e todo mundo estava confiante de que à meia-noite os salários estariam depositados nas contas.

Aí eu tive a brilhante idéia. Convidei um amigo da redação para a gente tomar umas cervejas no final do dia. O colega aceitou. Quando saímos do jornal fomos para um boteco, dispostos a calçar as pantufas de jaca sem medo.

O problema é que jornalista não sabe beber e nós dois – meu amigo e eu – menos ainda. Começamos a entornar quantidades industriais de cerveja. Era como se estivéssemos no dia 20 de dezembro de 2012, a véspera do fim do mundo segundo o Calendário Maia.

Com a confiança de que as contas bancárias estariam abastecidas no dia seguinte, bebemos como se não houvesse amanhã. E comemos também. “Traz mais churrasco de filé de bacon! Olha, come mais um coraçãozinho que está uma delícia!”.

Perdemos a noção do tempo e do espaço. Saímos fechando botecos ao longo de toda a Avenida Duque de Caxias. Depois que não havia mais nem um mísero pé sujo aberto nas redondezas, invadimos uma loja de conveniência e, em seguida, uma loja do Bob´s onde eu tomei o pior chope de toda a minha existência. Tava tão ruim que, mesmo completamente bêbada, eu achei intragável.

Ser pobre é uma merda! II




Neste ponto, a situação chegou a um momento crítico. Todas as possibilidades de continuar bebendo haviam acabado, mas a nossa sanha alcoólica continuava intacta.

Acabamos descobrindo um ponto de venda de água do lado da minha casa onde uns caras jogavam dominó e bebiam.

TUDO DE BOM!


Fizemos amizade imediatamente com os caras e começamos a comprar cerveja deles. Às quatro e meia da manhã eu estava sentada em uma banca do jogo do bicho entornando uma latinha e já vendo alguma coisa de Nicolas Cage no cara que entrega água lá em casa.

Para vocês terem uma noção da bagaça, a bebedeira tinha começado por volta das oito da noite. Quando senti que estava a um passo da merda total, me despedi e fui embora.

Meu amigo também tomou o rumo dele. Do dinheiro que tinha sobraram apenas R$ 10. Sem grana, ele pegou um transporte alternativo para casa e chegou lá pelas cinco da manhã. Nem teve medo da mulher. Afinal de contas, no dia seguinte resolvia a parada entregando o dinheiro todo do salário para a querida companheira.

Tudo teria sido ótimo, caso a empresa não tivesse atrasado o pagamento.

Foi o caos e a barbárie! Eu e meu amigo ficamos fodidos.

Na redação, tudo o que conseguíamos pensar era: “Caralho, se a gente tivesse tomados umas dez cervejas a menos!”

Pior ainda para o meu amigo, que passou dias dormindo no sofá sem poder encarar a patroa.

Mas o que me deu pena mesmo foi do repórter de esporte. O garoto era estagiário e tinha acabado de ser contratado. Era o primeiro salário. Chegou a sexta-feira e enfrentou uma fila enorme no banco para sacar o dinheiro. Uma hora de espera depois fala, cheio de orgulho, para a moça do caixa “não vou tirar tudo não, vou sacar só uns R$ 300”.

A moça consulta o computador e grita para a fila inteira ouvir, com aquela delicadeza que só os caixas de banco têm, “DESCULPE, SENHOR MAIS O SEU SALDO ESTÁ NEGATIVO!”. O moleque ficou amarelo. Chegou na redação completamente mofino e pior, sem cartão do banco ainda, pressentindo um final de semana de muita dureza. É, ser pobre é, definitivamente, uma merda!

6.1.10

Escreve que eu respondo


Opa! Chegou a primeira cartinha aqui para o blog.

Veio por e-mail e foi enviada pela querida amiga que assina “Desiludida de Bacuriteua”.

Ela comenta, a respeito da minha postagem sobre homens roubada, que também está sendo vítima de um desses mestres do ilusionismo.

O indivíduo simplesmente não quer saber de nada sério e agora esta puto porque a pobre Desiludida resolveu dar um basta na situação.

Vamos ver se eu consigo te ajudar, minha cara amiga.

“Ele acha que eu estou sendo injusta porque nós temos uma relação muito boa que não pode acabar de qualquer forma principalmente porque ele gosta de mim” – Amiga, sinceramente: Ele só quer te comer!

“Ele ficou achando que eu tinha o traído e por isso não queria mais saber dele” – Desiludida, vou falar um pouco mais alto dessa vez, tá? Vamos ver se você escuta:

ELE SÓ QUER TE COMEEEEEEEEEEEER!

“Encheu o saco mesmo e não sai do meu pé já tem um mês” = Ele só quer te comer.

“Na tentativa de voltar ele chega a dizer que eu sou a melhor mulher que ele já teve na cama. É deprimente eu sei e fico na dúvida se acredito nele e fico me achando a melhor ou o cara era virgem”. Amiga, nem uma coisa e nem outra. A verdade é que “e-le-só-quer-te-co-mer”!

Entendeu?

Só para não restarem dúvidas, também encontrei esse esqueminha básico aí na net.

Imprime, recorta e prega na porta do guarda-roupa para fixar bem a mensagem.



5.1.10

Viva o proletariado!



Tem gente que vai ler essa postagem e achar que eu sou preconceituosa. Azar. Eu não sou, mas também já há muito desisti de tentar ganhar o troféu miss simpatia do ano. Aliás, quem me conhece sabe que eu nunca nem sequer tentei.

Estou escrevendo para falar da maravilha que pode ser ter uma história com um digno representante das classes operárias. Em primeiro lugar, a relação já começa com o pé no chão. Você sabe que ele não é o homem com quem você quer casar e ter filhos. E ele, também, jamais pensaria em ter um relacionamento sério com uma criatura tão cheia de frescura quanto você. O que ele quer é simplesmente sexo. E você, se não for boba, também.

Homens assim têm pegada de macho – coisa cada vez mais rara entre os representantes do sexo masculino da classe média -, nunca vão querer discutir a relação, não têm dramas existenciais e, o melhor, têm um corpinho sarado naturalmente de tanto carregar saca de cebola nas costas, por exemplo.

É um cara que jamais vai ficar puto se tiver que trocar um pneu do seu carro ou se você pedir para ajudar a colocar umas prateleiras na casa ou consertar uma torneira quebrada. Ao contrário daquele seu namorado com bronzeado de escritório, nosso amigo operário sabe usar uma furadeira e uma chave inglesa.

Para falar a verdade, os representantes do proletariado normalmente são bons no manuseio de todas as ferramentas! (Eu disse to-das! Entendeu? Ahã?!)

E ainda podem te ajudar indicando um mecânico que não vai te roubar e um marceneiro amigo que cobra baratinho e tem um serviço ótimo.

Então, minha amiga, fique atenta: uma boa aventura amorosa pode estar, literalmente, logo aí do seu lado, batendo uma laje na casa do vizinho agora mesmo!

Fala sério! Quem é que você prefere?




Para que a sua história não acabe em roubada é preciso apenas obedecer a uma regra: nunca, mas nunca mesmo! invadam o universo um do outro.

Tenho uma amiga que certa vez inventou de levar o seu belo operário para comer sushi. O resultado não poderia ser outro: o colega saiu vomitando peixe, alga e arroz pelo restaurante inteiro.

Também nem pense em fazer os programas do parceiro, ou vai acabar na gravação do DVD de alguma aparelhagem em uma “sede” em algum ponto obscuro da região metropolitana de Belém. É o tipo de coisa que só vale à pena se você é antropóloga ou tem muito espírito aventureiro, do tipo que vai passar as próximas férias escalando o Everest.

Menos ainda espere que ele tenha paciência para escutar o que o seu analista disse na última sessão ou as suas impressões sobre aquele filme iraniano – você jura mesmo que assiste filmes iranianos? – que viu na semana passada.

O bom mesmo é pegar seu operário e levá-lo para o motel e, em seguida, para um bom boteco com peixe frito e cerveja gelada. Isso sim é o paraíso!

Até porque eu até hoje não sei quem foi que inventou que sexo casual – com proteção, é lógico! – é uma coisa ruim.

Por que é que a gente precisa querer casar com todo o indivíduo que leva para cama? Essa necessidade de andar com um periscópio caçando marido é uma das piores coisas que incutiram na cabeça das mulheres.

Aventuras sexuais são maravilhosas também e, com o passar do tempo, você começa a perceber que, na verdade, ter sexo pelo menos três vezes por semana é melhor do que ter um homem roncando toda a noite do seu lado e, creia, normalmente quando você tem um, não tem o outro.

Porque nos apaixonamos pelos homens errados I



Essa é uma pergunta que toda mulher já se fez. Olha que a gente bem que tenta se livrar dessas roubadas, mas, quando a gente vê, lá estamos nós de novo babando, com os olhinhos brilhando, por um ogro qualquer.

Mulheres jornalistas, então, são vítimas eternas dessas criaturas. Em parte isso acontece porque a gente convive diariamente e acaba se envolvendo com homens jornalistas – um grupo que, quase sempre, está no topo da categoria roubada.

Mas mesmo quando a gente consegue fugir dos namoros com coleguinhas, não escapa de cair em ciladas.

Aparentemente é inevitável para as mulheres se envolverem com homens errados. Há quem ache, inclusive, que essa é uma experiência educativa. Tenho uma conhecida que diz que todas precisam ter uma quota de “como pude? “ em sua vida.

É aquele tipo de indivíduo por quem você se apaixona perdidamente e, depois, quando você finalmente recupera a sanidade, olha para a cara da criatura e pensa: “Como pude me envolver com esse cara?”

Um dos tipos mais comuns é aquele que vive sumindo e reaparecendo na sua vida. Eu tive um desses que eu chamava carinhosamente de Copperfield porque me lembrava um mágico que fez muito sucesso há alguns anos, o David Copperfield. Meu ex-roubada era um mestre do ilusionismo. Vivia desaparecendo nos momentos mais inusitados e depois reaparecia em grande estilo como se nada tivesse acontecido. Era infernal.

Esse roubada clássico tem um subgrupo perigosíssimo que é dos Jason. Aquele personagem que ao final de cada episódio você manda para o inferno e pensa que se livrou dele. Aí, quando você menos espera, ele volta para te despedaçar de novo.

Para esse tipo de figura só existem duas saídas: ou você se afasta para sempre – se ele for um Jason pode ser conveniente inclusive mudar de endereço, de telefone e até cogitar a possibilidade de uma plástica facial – ou você desencana com essa história de compromisso e transforma ele num desses amigos com quem você trepa – aliás, um bom tema para outra postagem.

Essas criaturas são até inofensivas diante da categoria ogro total. É aquele cara que te trata mal, flerta com as tuas amigas, nunca te leva para lugar nenhum que preste, não sabe o significado da palavra gentileza e, ainda, assim você olha para ele como se ele fosse uma taça gigante de profiteroles com calda de caramelo e sonha com o dia em que terão uma família feliz igual àquelas de comercial de margarina.

Santa ingenuidade, Batman!

Porque nos apaixonamos pelos homens errados II

Por que isso acontece? Em minha opinião porque, na média, homens bonzinhos são muito, mas muuuuuuuuuuito chatos!

Tenho conhecidos chatérrimos, daqueles que a gente procura logo um poste para se esconder quando vê surgir ao longe na rua. Criaturas do tipo que, se algum dia resolverem se tornar empresários, o máximo que vão conseguir montar é uma loja de “inconveniência”.

A maioria deles é casada há muitos anos e sei que tratam muito bem as mulheres, vivem fazendo declarações de amor e dando demonstrações de carinho, lá ao jeito chato deles. Mas aí eu fico pensando: “será que vale a pena ser o único e exclusivo amor de um traste desses?” Se é para viver entediada, melhor casar com um frasco de comprimidos para dormir.

Ok, têm os bonzinhos que não são chatos. Mas são sem graça. Igual a um picolé de chuchu.

Caras legais, normalmente, têm consciência de que são legais e então são ases na prática da galinhagem. É por isso que eu, com a experiência acumulada, transformei em um verdadeiro mantra essa pérola da sabedoria popular ocidental: “ É melhor comer goiabada dividindo do que merda sozinho”.

É bem verdade, também, que um dia você cansa disso tudo e parte em busca de um cara legal que não seja chato e nem sem graça para dividir o copo com as escovas de dente (eca!).

Tem gente que me diz até que encontrou essa criatura. Bom, tem gente que também acredita em duendes e gnomos e que diz que até já viu saci.

Eu particularmente acho que é tudo uma questão de ponto de vista. O cara ideal é apenas resultado de uma subconsciente redução do nível de exigência pessoal. Tipo lista de repescagem de faculdade.

Dúvida? Pergunte para suas amigas o que elas acham, com sinceridade, do seu marido. Hum, pensando bem, melhor não. Você vai acabar perdendo suas amigas. Ou seu marido. Ou ambos.

Porque nos apaixonamos pelos homens errados III

Ainda não acredita no que eu disse?
Então dá uma olhada neste vídeo aí de baixo.




Dá até pena do coitado. Primeiro, porque ele parece com o Larry dos Três Patetas. Olha só:



Segundo, porque usar gíria de surfista “foi muito style lá nas pedras...” só se você tem, no máximo, 20 anos. O que não é o caso.

Terceiro, chamar a mulher de “pequena” é de doer.

Em quarto lugar, o cara não compõe nada e canta menos ainda e, pior, não tem senso do ridículo para sacar nem uma coisa e nem outra.

Em quinto lugar, só para a lista não ficar muito extensa, quem ele pensa que vai conquistar convidando a mulher para “tomar um sorvete?” O que ele é? Um pedófilo? A garota tem 10 anos de idade?

E o cara faz parte, aparentemente, daquele grupo de homens bonzinhos. Fez até uma música para a garota e colocou na internet. É o tipo de criatura que uma mulher leva facilmente pelo colarinho. O problema é “Qual é a fêmea que vai se prestar a fazer esse serviço sujo?”

Fico imaginando o encontro dos dois nas pedras. A jovem deveria, obviamente, estar bêbada. Quando viu a merda que fez, fugiu. E, se for mesmo uma garota esperta, está correndo até hoje. Se duvidar, fez até operação para mudança de sexo para escapar da criatura.

Vida Bizarra



Tenho amigos que não acreditam nas histórias que eu conto aqui. Acham que meus relatos são todos frutos da minha mente doentia. Adoraria poder dizer que sim, mas não.

Tudo que conto no blog é baseado em fatos reais, porque não têm nada mais bizarro do que a vida como ela é.

Esta semana mesmo uma amiga, a propósito da última postagem, me contou o Réveillon dela. Foi com a família, que mora em outro Estado. O pai dela é político em uma pequena cidade do interior. Aí resolveu que ia percorrer a pé o trajeto entre a casa onde mora – na parte alta da cidade – e a casa dos parentes onde ia rolar a festa – na parte baixa do pequeno núcleo urbano.

No caminho, foi cumprimentando toda a vizinhança, de um por um. Minha amiga já estava desesperada. A casa dos parentes não chegava nunca e as horas iam passando.
Em um momento de total desespero chegou a cogitar a possibilidade de passar uma rasteira no velho para ver se ele se desequilibrava e ia rolando ladeira abaixo para chegarem mais rápido na festa.

Minha amiga se conteve. Afinal, o velho podia acabar se machucando e aí não ia ter mais Réveillon nenhum.

Quando faltavam apenas dez minutos para a meia-noite, conseguiu finalmente chegar ao local dos comes e bebes.

Encontrou com parentes que não via há muito tempo. A maioria fez questão de prestar solidariedade pelo fato de ela estar morando agora no Norte, “aquela parte com os mais altos índices de miséria do País”.

Um dos seus primos, então, entrou em êxtase. Perguntou se podia visitá-la algum dia, se tinha mesmo muitos pobres onde ela morava porque o sonho dele era trabalhar para as populações carentes. Minha amiga ficou pensando quando é que tinha dito para a família, por engano, que tinha se mudado para a Etiópia.

A conversa evoluiu tanto que minha amiga desviou rapidamente o rumo da prosa. Ficou com medo que a parentada organizasse na cidade algum show do tipo “Live Aid” e que tivesse que pagar excesso de bagagem para trazer donativos para os nortistas que passam fome na Amazônia.

Tem coisa mais bizarra?

1.1.10

Réveillon do Mundo Bizarro I

Jornalismo, definitivamente, é uma profissão desgraçada. Sempre achei que quem envereda por esse caminho é uma pessoa que tem um karma muito pesado de outras encarnações.

Aquele povo que jogou pedra na Cruz, limpou o cu no Santo Sudário, ou cortou salsinha para fazer o vinagrete do churrasco na Tábua dos Dez Mandamentos. Tem muitas contas a pagar com o povo lá de cima ou melhor, com o povo lá de baixo. Sim, porque jornalismo é uma profissão do capeta.

Quer um exemplo? Para quase todas as pessoas do mundo dia 1º de Janeiro é um feriado que serve para curar a ressaca do Réveillon. Para jornalistas, não. É um dia normal de trabalho. Tá certo que tem um monte de outros profissionais que também trabalham normalmente no Dia da Paz Universal, mas com os jornalistas é diferente.

E aí eu volto para a história do karma. Coisas inacreditáveis acontecem com jornalistas na virada do ano. Parece que, aos olhos do universo, não basta apenas que o pobre escriba trabalhe nos feriados. É preciso que o dia anterior tenha sido a visão do inferno.

Bom, eu tenho um amigo que não é jornalista e que passou a virada do ano sozinho no Congo e, segundo ele próprio, comendo feijão em lata depois de uma experiência profundamente desagradável com frutos do mar no Natal. Mas a história dele não invalida a minha teoria.

Afinal de contas, esse meu amigo faz parte de um grupo muito especial: a minha turma da pré adolescência. Para eles eu tenho outra teoria: fomos cobaias de uma experiência ultra-secreta do governo brasileiro. Porque não tem um da turma que tenha se transformado em uma pessoa adulta 100% normal.

Réveillon do Mundo Bizarro II

Aos poucos estou descobrindo o destino de cada um desses amigos. As histórias que já ouvi são do arco da velha e me deixam convicta de que, se formos deixados sozinhos, somos capazes de morder a própria orelha de tão doidos que nos tornamos.

Tem desde uma que virou garota de programa – bom, pela idade, ela deve agora ser uma senhora de programa – até gente que largou tudo e enveredou por experiências místicas e neste momento deve estar esperando ser resgatado por alguma nave espacial.

Por essas e outras, acredito firmemente que a água dos reservatórios de Vicente de Carvalho foi batizada com alguma substância química exótica nos anos 80.

Mas eu falava dos jornalistas. Bato na tecla novamente. Jornalistas, independente de suas origens, não são pessoas normais. Afinal de contas que outra raça de gente vê um colega irromper na porta da redação no dia 25 de dezembro gritando para todo mundo se foder e a única reação da gentalha é rir convulsivamente como um bando de loucos?

Pois isso aconteceu no último Natal e eu estava entre as pessoas que gargalhou com o ataque do nobre companheiro de desdita.

Fiz uma pesquisa rápida entre os colegas da redação sobre como foi o Réveillon e descobri que, aparentemente, todos nós viramos o ano no mundo bizarro.

Réveillon do Mundo Bizarro III

A maioria dos que ainda têm família passou o Réveillon sozinho. Viram os parceiros e filhos se mandarem para a praia mais próxima porque ninguém tem culpa de ser parente de um Mané que vai trabalhar no dia 1º de Janeiro – uma sexta-feira, ainda por cima!.

Tenho um amigo que estava sozinho em casa e acabou pegando no sono no sofá. Acordou com uma sensação gostosa, abraçado a um corpo quentinho e cabeludo. Achou que estava no paraíso, que a mulher tinha voltado para os seus braços para comemorar com ele a chegada de um 2010 maravilhoso... Isso tudo até levar uma lambida na cara e descobrir que tinha dormido abraçado com o cachorro.

Outro desses solitários se viu com uma fome de leão já próximo da virada. Revirou a geladeira e achou pouco mais do que água para improvisar uma ceia. Quando a meia-noite chegou, ele estava na varanda do apartamento comendo um sanduíche de pão com ovo acompanhado de um guaraná Garoto à espera da queima de fogos da torre da RBA.

Teve outro que virou o ano sentando na emergência do hospital esperando a sogra ser atendida. Todo feliz, o coleguinha fez questão de ressaltar que, graças a Deus, a sogra não teve nada de grave. Aí eu fiquei pensando: “porra, e a velha nem morreu? Porque se era para foder com o Réveillon do cara que pelo menos fodesse em grande estilo. Agora, estragar tudo e nem dar uma única alegria para o genro é de doer!”.

Uma amiga viu o dia 31 amanhecer com o filho coalhado de catapora. Na hora em que os fogos começaram a estourar ela estava dentro de casa, cobrindo o garoto dos pés à cabeça com pasta d’água.

Já outro companheiro da redação começou a beber desde cedo. Bebeu tanto que, depois de algum tempo, já não estava sentindo nada. Só foi sentir no dia seguinte, quando acordou com a sensação de tinha um alien alojado no seu intestino. A aí soube que tinha tomado baldes de cerveja choca. Chegou ao trabalho mofino depois de uma manhã inteira trancado no banheiro.

Teve gente até que conseguiu fugir para passar o Réveillon em algum lugar mais aprazível. Mas também destes o destino cobrou seu preço. Uma coleguinha foi para um balneário próximo só para descobrir que o abastecimento de água foi interrompido. Aproveitou as tradições de passagem de ano para não só pular as sete ondas mas também para tomar sete banhos, já que o precioso líquido se recusava terminantemente a jorrar da torneira da casa.

Outra escolheu um balneário mais distante e voltou correndo para trabalhar na sexta-feira. Como era impossível encontrar gente para vender passagem no terminal rodoviário, optou pelo transporte alternativo. Nunca antes tinha viajado de van. Sem experiência, passou quatro horas sacolejando e com vontade de mijar. Sofreu em cada um dos milhares de buracos na estrada e, apesar de todos os esforços, acabou fazendo xixi nas calças antes de conseguir chegar a um banheiro decente.

Réveillon do Mundo Bizarro IV

Comigo também não foi diferente. E começou ainda nos preparativos para a ceia. Escorreguei de um banquinho enquanto tentava pegar um rolo de papel alumínio escondido na prateleira mais alta do armário da cozinha. Cai de costas no chão e senti a coluna ardendo. Pensei logo que tinha ficado tetraplégica, igual à garota da novela do Manuel Carlos. Enquanto estava esparramada no chão da cozinha fiquei me imaginando no dia seguinte na redação, tendo que escrever os textos usando a ponta do nariz para mexer no teclado – sim, porque vocês acham mesmo que o chefe ia me deixar faltar só porque eu tinha ficado tetraplégica na véspera?

"Será que dá para escrever com a ponta do nariz? Hum, talvez com uma caneta na boca seja mais fácil apertar as teclas... Ai meu Deus! será que eu encontro fácil para vender aqui em Belém uma cadeira de rodas igual aquela do Stephen Hawking?". Foram dúvidas que me passaram pela cabeça antes de perceber que ia conseguir me levantar.

Para comemorar o fato de não ter perdido os movimentos dos braços e das pernas, fui me confraternizar com a vizinhança. A poucos minutos da meia-noite, quando eu já me preparava para pegar dentro de casa os espumantes italianos de boa procedência que tinha comprado especialmente para a data e que já tinham sido refrescados na temperatura ideal, o vizinho começou a colocar em cima da mesa dúzias de Sidra Cereser. Não movi mais um músculo. Deixei as garrafas de Prosecco para uma ocasião mais adequada. E disse que não ia beber o “champanhe” porque não gostava de misturar bebida. Afinal de contas, estava bebendo cerveja...

Ah, e antes que eu me esqueça: Feliz Ano Novo para você também!