O único problema dessas minhas fases de bagaceira é que invariavelmente eu encerro elas com chave de ouro, fazendo uma merda fenomenal e juntando as escovas de dente com um ogro qualquer. Mas vamos que vamos. Seja o que Deus quiser.
É verdade que, hoje em dia, já não dá mais para ser tão bagaceira quanto eu era aos 20 anos. A idade pesa. Naquela época, quem me conhece há muito tempo sabe que eu saia da farra direto para uma loja de departamentos, comprava uma roupa nova e seguia de emendada para o trabalho. Chegando lá, tomava banho no banheiro da redação. Bagaça total.
Mas essa é só a primeira fase. O sinal de alerta se acende mesmo quando eu começo a chegar no trabalho usando camisa masculina. Significa que eu já estou dormindo na casa do ogro. E que em breve eu vou deixar a bagaça para me atirar de braços abertos no poço de piche.
Durante um tempo eu o meu grupo de amigas da bagaça até tentamos criar um estatuto das bagaceiras. Mas é obvio que, como estávamos sempre todas invariavelmente bêbadas, a idéia não seguiu adiante.
Só me lembro de duas regras
“Bagaceira nunca se recusa a tomar a última da noite, mesmo que o dia já tenha amanhecido”
“Bagaceira não tem vergonha de ligar para o celular dos amigos às quatro da manhã querendo saber qual é a boa da noite”Se as minhas amigas se lembrarem das outras, por favor, mandem e-mails para mim ou postem aí na caixa de comentários.
Um comentário:
Porra Simone, muito boa as duas regras do estatuto das bagaceiras. Acho que deveria seguir em frente com o estatuto. heheheh
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