13.1.10

A bagaceira mor I

Sinto que estou entrando em um novo ciclo de bagaça. Acho que é porque esse é o meu último ano na casa dos 30. Em 2011 faço quarenta. E é significativo que a minha entrada na casa dos “enta” aconteça exatamente às vésperas do fim do mundo. É por isso mesmo que eu pretendo marcar a data com uma puta festa. Daquelas que serão lembradas para o resto da vida, ou, se os maias estiverem mesmo certos, pelo menos até o dia 21 de dezembro de 2012.

O único problema dessas minhas fases de bagaceira é que invariavelmente eu encerro elas com chave de ouro, fazendo uma merda fenomenal e juntando as escovas de dente com um ogro qualquer. Mas vamos que vamos. Seja o que Deus quiser.

É verdade que, hoje em dia, já não dá mais para ser tão bagaceira quanto eu era aos 20 anos. A idade pesa. Naquela época, quem me conhece há muito tempo sabe que eu saia da farra direto para uma loja de departamentos, comprava uma roupa nova e seguia de emendada para o trabalho. Chegando lá, tomava banho no banheiro da redação. Bagaça total.

Mas essa é só a primeira fase. O sinal de alerta se acende mesmo quando eu começo a chegar no trabalho usando camisa masculina. Significa que eu já estou dormindo na casa do ogro. E que em breve eu vou deixar a bagaça para me atirar de braços abertos no poço de piche.

Durante um tempo eu o meu grupo de amigas da bagaça até tentamos criar um estatuto das bagaceiras. Mas é obvio que, como estávamos sempre todas invariavelmente bêbadas, a idéia não seguiu adiante.

Só me lembro de duas regras

“Bagaceira nunca se recusa a tomar a última da noite, mesmo que o dia já tenha amanhecido”
“Bagaceira não tem vergonha de ligar para o celular dos amigos às quatro da manhã querendo saber qual é a boa da noite”
Se as minhas amigas se lembrarem das outras, por favor, mandem e-mails para mim ou postem aí na caixa de comentários.

Um comentário:

Anônimo disse...

Porra Simone, muito boa as duas regras do estatuto das bagaceiras. Acho que deveria seguir em frente com o estatuto. heheheh