Uma caixa com seis bombons Sonho-de-Valsa. Na taberna um bombom desses custa cinqüenta centavos. Vá lá, um real. Então, o caro amigo gastou a fortuna de seis reais com o presente! Se continuar mão-aberta assim, vai acabar na miséria, né, colega?
Uma bolsa de material sintético imitando couro de cobra. De onde uma pessoa tira a idéia de que você vai andar por aí com um couro de cobra de “prástico” pendurado no ombro? O verdadeiro já é de matar! Ainda corre o risco da dita se desmanchar no meio da rua e sujar a sua roupa com aquela colinha nojenta que usam em bolsa vagabunda.
Cueca de copinho. Eca! Que nojo!
Um arranjo com flores de “prástico”. Não dá nem para comentar, né? Comprar presente na promoção do Festival das Flores da Belém Importados é de última!
Um estojo com dois sabonetes Seiva de Alfazema. Se a pessoa acha que isso é presente, pelamordedeus! No mínimo te chamou de pobre. Ou fedorento. Ou as duas coisas.
Um daqueles vidros esquisitos com o “extrato” Toque de Amor, da Avon. Quem é que usa isso, meu Deus?! Olha, perfume definitivamente devia ficar fora da lista de presentes. A menos que você conheça muito bem seu amigo e der aquele que ele adora e usa sempre.
Um comentário:
Tem outro lado terrível também: ter que ir comprar presentes esdrúxulos de alguma lista.
Por exemplo, fulano que é fã de forró, pede para você comprar o último DVD "ao vivo" do grupo clássico-cult-eclético : "Calcinha preta".
Vai lá você, de óculos escuros, falando baixinho para o vendedor : "tem calcinha preta?", torcendo para ninguém te ver ou perceber com aquela aberração cósmica debaixo do braço...
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