Não sei quando surgiu esse trauma, mas ele está associado ao meu total horror a ir a qualquer lugar onde eu tenha que enfrentar uma fila.
Os caixas de banco de Belém que o digam, mas essa já é história para um outro dia.
Quando morava sozinha, só encarava dirigir um carrinho de arame quando já está faltando o básico, tipo papel higiênico.
Tenho amigos que, ao contrário de mim, adoram.
Eu, sinceramente, não consigo ver prazer em empurrar um carrinho por corredores cada vez mais estreitos, onde as pessoas se comportam como se estivessem no trânsito de Belém. Te fecham, te cortam, colocam o carrinho no meio da passagem, estacionam em fila dupla, passam por cima do teu pé. Um inferno, em resumo.
E dentro do supermercado tem um monte de fila. Tem a fila da pesagem dos legumes, onde sempre, mas sempre, tem uma criatura que faz cara de retardada e tenta passar na frente dos outros.
Tem a fila para comprar frios. É onde surge uma pessoa na tua frente que aparentemente quer se transformar em um especialista em conservas, frios e embutidos. E demora horas e pergunta tudo, como se o atendente fosse responder com sinceridade. “Essa lingüiça é boa?”. “Não, minha senhora. Essa lingüiça é uma merda e, aliás, já está até fora do prazo de validade, por isso estamos vendendo a granel e na promoção”.
Você consegue imaginar isso? Pois é.
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