8.12.09

As confraternizações IV

Lembro de um tempo bom em que as confraternizações da Federação das Indústrias tinham o serviço à francesa. Todos sentados e os garçons – maravilhosos! – iam servindo as mesas. Tão civilizado que eu ia com gosto. Depois até eles entraram para a era dos malditos buffets.

E quando chega a hora do sorteio de brindes? É tão deprimente quanto aquelas mulheres que se estapeiam para pegar o buquê em casamentos. O povo grita, faz as mesmas velhas piadas infames tipo “balança o saco, fulana!” e fica histérico se ganha alguma coisa. Não interessa o quê.

“O que foi mesmo que você ganhou?” “Ah, sei lá, parece que é um pen drive com um aparador de pelos do cu embutido...” “ Poxa, meio trash você não acha?” “ Ah, que nada, o importante é que EU GANHEI! GANHEI! UHUUUU!. Então, tá.

O pior é que também fica histérico se não ganha nada. E fica inventando que os prêmios estavam todos marcados.

Fora que, nas confraternizações, quase todo mundo se odeia e vai lá só para poder ficar falando mal dos outros. Aliás, essa é a única razão pela qual ainda não deixei de vez de ir a essas festinhas.

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