Textos sobre o universo feminino. Lexotan na veia para segurar a onda de ser essa nova mulher, mãe, trabalhadora, inteligente, bem humorada, descolada, boêmia, independente... e quase sempre sem namorado.... Quer saber? Esquece esse negócio de luz aí de cima e venha mesmo é juntar-se ao lado negro da força!
27.5.09
Ei, tem uma coisa presa no seu dente!
Feijoada e/ou churrasco de confraternização - Invente que morreu se for convidado para um micão desses.
Se for "de grátis" e incluir mais de 100 pessoas que mal se conhecem é nitroglicerina pura!
Primeiro porque, sendo "de grátis", o sujeito vai comer como se nunca tivesse comido na vida. E encher a cara também.
Depois, já entupido de comida e bebida, o indivíduo toma coragem, tira as calças e se joga de cueca vermelha na piscina (achando que ninguém sabe a diferença entre cueca e sunga). Logo vem a cãimbra. É retirado pelo salva-vidas. Sai carregado. A mulher começa a gritar e o cara continua gemendo. As crianças choram. É a visão do inferno.
Do outro lado da piscina, um garoto dá um caldo em outro e os pais - já bêbados, é claro - resolvem encampar a briga. Quase vão às vias de fato e são afastados pela "turma do deixa disso". Mais mulheres gritando. Mais crianças chorando. Dupla visão do inferno.
E eu não estou exagerando, não! Já vi muito disso. Tudo mundo já viu, mas continua insistindo na catástrofe. Igual os lêmures. Afinal de contas, o abismo está aí é para isso mesmo.
Tenho um caso muito interessante para contar do tempo em que morei em Manaus. Mas podia ter acontecido em qualquer outro lugar do Brasil.
Morava em um condomínio ao lado do Clube da Caixa Econômica. Todo sábado, eu já sabia: ia ouvir umas 500 vezes o "Xote do Milagre" do grupo Falamansa.
Um sábado, estando posta em sossego, depois de ouvir o tal xote pela 250ª vez, a música é interrompida e entra uma voz masculina falando: "Gente, por favor, vamos ter calma! Tem feijoada para todo mundo! Vamos nos organizar e evitar o tumulto! Pedimos aos senhores pais que retirem as crianças da área em volta do buffet para evitar acidentes com fogo!"
JURO POR DEUS! Aconteceu assim mesmo. Acho que era a feijoada do Dia das Mães.
Gente, tá mais do que comprovado. Esse tipo de coisa não dá certo!
E coitados dos organizadores! Chega uma hora em que coisa fica incontrolável. O evento começou às 13 horas e lá pelas cinco da tarde ainda tem gente chegando. E quem está lá desde meio-dia e meia não arreda pé.
Quando finalmente as pessoas vão embora - obviamente falando mal da organização - o cenário é de terra arrasada.
Se for churrasco, a quantidade de sangue espalhada pelas mesas e no chão poderia dar a impressão que alguém foi morto ali, não fossem os restos de carne mordida e farofa.
E ainda tem o cara da cãimbra. A mulher foi embora com as crianças, morta de vergonha, e deixou o sujeito entregue à sua própria sorte.
É preciso removê-lo de debaixo do palco e despachá-lo no primeiro táxi, vestindo apenas a cueca vermelha e com o endereço anotado em um pedaço de papel.
Ufa, parece que agora acabou!
Até o ano que vem....
As mulheres e suas fórmulas milagrosas
Murphy vive!
As crianças e o telefone
As crianças e o telefone II
15.5.09
De volta após longa hibernação
Atendendo aos insistentes pedidos do meu amigo Raimundo Pinto resolvi reativar este blog. A verdade é que escrever sobre coisas sérias cansa. Melhor mesmo é deixar fluir o lado negro da força.
Tem muita gente que acha que eu sou assim - mal humorada, metida a besta e venenosa - no meu dia-a-dia, o que é uma grande mentira. Eu sou pior.
De fato, o que eu estou mesmo é chocada com a falta de educação e de civilidade cada vez maiores do ser humano. E tenho cada vez menos disposição para lidar com este tipo de situação.
Como não dá para sair esganando meio-mundo, compartilho com vocês as minhas reflexões ácidas.
Mundo Animal
Não gosto muito de bichos. Os apreciadores dos pets assim como os meus tradicionais depreciadores vão encontrar aí a comprovação do meu caráter defeituoso.
O problema não é tanto os bichinhos, ainda que eu nunca tenha tido interesse em possuir um animal de estimação. Já conheço a vida selvagem: crio dois filhos.
Devo confessar que o grande problema, de fato, é a forma como os pets – especialmente os cachorros - são tratados pelos donos. Hoje em dia, são os cachorros que mandam nas casas. As pessoas moram lá apenas porque o totó precisa de alguém que o leve ao veterinário, sirva as refeições e recolha o cocô.
Eu só concordo com esses donos de animais em um ponto: cachorros são como filhos. E isso é uma grande verdade. Mas da mesma forma como amamos nossos filhos e cachorros, não podemos exigir que o restante do mundo se submeta às vontades dos pequenos capetas, tenham eles pêlos em excesso ou não.
É preciso estabelecer limites tanto aos filhos quanto aos cachorros e isso está faltado hoje em dia.
Conheço cachorros muito bem educados que podem circular tranquilamente entre as pessoas (não é, Billy?). Também conheço algumas – poucas – crianças assim. Mas, em ambos os casos, a maioria é de matar.
Já deixei, inclusive, de freqüentar a casa de alguns amigos por isso e falei francamente o motivo, usando da minha sutileza habitual: “Volto quando você deixar de tentar igualar o seu QI com o do cachorro. E desista logo porque você nunca vai alcança-lo”.
Mundo Animal II
Quer coisa mais terrível do que gente que não prende o cachorro quando recebe visitas e o bicho insiste em ficar pulando no colo dos outros, sob o olhar complacente do dono? Se o visitante for terrivelmente alérgico, tiver um choque anafilático e morrer com o corpo todo inchado sobre o carpete, ainda é capaz de o anfitrião chamar o restante dos convidados para mostrar “o lulu fazendo gracinha lambendo a cara do fulano morto”, tirar foto e colocar na galeria do Orkut – do cachorro.
Acha que é exagero meu? Quer outro exemplo? Então lá vai: Não é de última chegar na casa de um feliz proprietário de um daqueles cachorros que dá medo só de olhar, o dito cujo ficar rosnando para você e o dono - que (claro!) não deu a mínima confiança, saiu andando na frente e te deixou para trás encarando o cão sozinho – gritar de uma distância de uns 100 metros pelo menos: “pode vir que ele não morde!”? Me diz se não dá vontade de acabar com a raça dessa criatura? Estou falando, é óbvio, do dono do au au.
O que não falta é exemplo de cachorro invasivo e mal educado. Têm, por exemplo, aqueles cãezinhos pequenos totalmente histéricos e neurastênicos que latem compulsivamente na sua presença. E ninguém da casa faz nada. Eu invento uma desculpa e saio correndo.
Mas se depois de tudo isso você ainda não se convenceu, não deixe de ver o vídeo abaixo. Talvez você já o conheça porque ele se tornou muito popular na internet. Ele é engraçadíssimo e só fez reforçar a minha idéia de que apenas pessoas com uma alma muito desenvolvida são capazes de criar animais.
Mundo Animal III
A coitada da “réia” vai visitar os amigos e acaba vítima do cachorro.
Eu cortava imediatamente as relações com os donos da casa.
O pior é que, do jeito que as coisa andam, os donos da casa além de não terem feito nada para salvar a senhora da situação constrangedora, ainda devem ter falado. “Ooooooolha, coitadinho do Rex, ele anda se sentindo tão solitário nos últimos tempos. Ele precisa extravasar, por para fora essa energia..... Será que foi porque ele comeu a caixa de Viagra do Armando?”