Depois de anos de sedentarismo, estou pensando em me inscrever numa academia. É por isso que vim para o computador. Para ver se a vontade passa. Olha, francamente, nada contra quem é membro convicto dessa geração saúde, mas, convenhamos, fazer exercícios é uma coisa anti natural. Dá para imaginar um grupo de homens e mulheres pré-históricos reunidos em uma caverna com o chefe tribal gritando, lá na frente: “e 1 e 2 e 3 e vira e vai esquerda e volta e 1 e 2 e 3 e solta e solta e solta... Valeu!”?? Impossível!
Não faz tanto tempo assim, qualquer pessoa sedentária estava condenada à morte, a menos que tivesse muito dinheiro. E não pelas razões que imaginamos (tipo enfarto, complicações do diabetes, câncer, doenças da obesidade), mas simplesmente porque não existiam os confortos maravilhosos da vida moderna e vai daí que, se quisesse alguma coisa, tinha que se virar sozinha. A molecada tinha que esfolar joelho na rua, antes do videogame e, às vezes, até para tomar um banho era preciso carregar um balde na cabeça.
Então, durante milhares de anos, as pessoas não precisaram de academia para movimentar seus corpos. Até que, na Idade Contemporânea, surgiu mais essa invenção inútil. Mais inútil até que o telefone em caso de emergência.
Sim, as academias são absolutamente inúteis e eu explico por quê. Teoricamente deveriam deixar as pessoas em forma, mas, eu não sei se vocês já repararam, TODO mundo que freqüenta uma academia já está em forma!
São pessoas que, aparentemente, começaram a malhar agarradas nas grades do berço e que só servem para constranger os pobres gordinhos que ousam colocar os pés na porta de um desses Campos Elíseos.
Essa é a primeira barreira a ser vencida pelo sedentário. O salão da academia parece uma lavanderia, de tanto tanquinho, e você está mais para borracharia: cheio de pneu. A solução encontrada por 102% dos gordinhos é cobrir a bermuda de ginástica com uma camisa tamanho XXXGGG e encarar a turma fantasiado de barraca de camping.
Quando você chega na porta da sala de musculação já está se sentindo péssimo e bastam uns poucos minutos para se sentir ainda pior. Os equipamentos parecem máquinas de tortura. Com algumas modificações na decoração e uma iluminação à base de tochas, daria até para pensar que estamos de volta à uma sala de interrogatório da Inquisição, na Idade Média.
Na área dos equipamentos aeróbicos a coisa não é melhor. Tem algo mais sacal do que correr no mesmo lugar, remar no seco, subir degrau sem ir para canto nenhum ou pedalar parado no mesmo ponto? É incrível como não há uma alta taxa de suicídio entre os hamster...
E a música, meu Deus! Som ambiente de academia é de matar! Axé, pagode, disco, tudo sempre de péssima qualidade e altíssimo. Realmente, dá vontade de se movimentar... correndo para fora do lugar.
Por outro lado, se eu abandonar a idéia,vou perder um excelente assunto para esse blog.
É, eu vou começar a malhar. Vou me inscrever na segunda-feira.....Eu juro!
Textos sobre o universo feminino. Lexotan na veia para segurar a onda de ser essa nova mulher, mãe, trabalhadora, inteligente, bem humorada, descolada, boêmia, independente... e quase sempre sem namorado.... Quer saber? Esquece esse negócio de luz aí de cima e venha mesmo é juntar-se ao lado negro da força!
26.1.07
Alô? é da casa do Mário?
Depois de um período de trevas, sem internet que prestasse em casa, finalmente voltei a ter acesso rápido à rede. Difícil vai ser sair da outra rede, a de pano. Admito que ando meio preguiçosa. To adorando passar horas deitada, sem fazer nada, ou dormindo, ou lendo um livro. Mas a paz nunca é completa. Quem mais me perturba é o telefone.
Ô invençãozinha do Demo! Raramente serve para alguma coisa. Porque quando você precisa falar com alguém a pessoa nunca te atende e quando você não quer falar com ninguém, as pessoas sempre te acham.
Como vocês já devem ter percebido eu sou chegada em teorias conspiratórias. No caso do telefone, eu penso que, depois de desenvolvido pelo Mr. Bell, as grandes potências mundiais descobriram o potencial do aparelho como arma para enlouquecer as pessoas. E aí, desde então, temos centenas de cientistas trancados em laboratórios subterrâneos espalhados por todo mundo dedicando a vida a desenvolver formas cada vez mais sádicas de uso da engenhoca.
Por exemplo, tem coisa mais irritante que campainha de telefone ou toque de celular? Primeiro os toques eram monofônicos (uma desgraça!) e depois surgiram os toques polifônicos e aí tudo ficou pior porque descambou para o brega total. E o ser humano, neste sentido, não encontra limites. Basta ir a qualquer lugar público e ficar esperando. Você vai ouvir versões de “Festa no Apê”, barulhos de bicho, vozes imitando pessoas famosas, sons de buzinas. Normalmente acompanhadas por um sorriso orgulhoso do proprietário. Se o cara quer aparecer, porque não tenta uma melancia no pescoço? Melhor do que andar com um celular que informa que o seu dono é um brega-deslumbrado incurável.
Isso sem falar que normalmente esses “engraçadinhos” são aqueles que nunca ouviram falar de etiqueta para o uso dos aparelhos. Falam alto, atendem o telefone em qualquer lugar e simplesmente desconhecem como ativar o perfil silencioso.
Por mais que você se esforce, não conseguirá encontrar um toque de celular que seja discreto e elegante. Isso simplesmente não existe. Não é interesse dos cientistas desenvolverem tal maravilha tecnológica.
Mas não é só no aparelho em si que miram os cérebros da indústria do sadismo. Também têm os serviços como o famigerado telemarketing e o terrível atendimento automático. O primeiro foi desenvolvido para sempre te encontrar em casa (acho que eles têm algum sistema de rastreamento via satélite) e o segundo para que você nunca consiga falar com ninguém.
Vocês acham que é exagero? Eu tenho uma amiga que foi perseguida pelo povo da operadora de cartão de crédito dela. Eles queriam que ela atualizasse o cadastro. Insistiram. Até que um dia, depois de muita perturbação, a minha amiga resolveu ligar para a empresa e atualizar os dados cadastrais. Ligou. Esperou. Esperou. Perseverou e finalmente foi atendida pelo setor competente.
Pois não é que depois de toda essa odisséia tecnológica o atendente só perguntou o número do CPF dela e a data de nascimento? Pelamordedeus! Para qualquer pessoa idônea, como é o caso da minha amiga, essas duas informações são das poucas que não mudam nunca ao longo da vida.
Você muda de endereço, de emprego, de profissão, de estado civil, altera o número de dependentes, muda de salário. Muda até de nome. Mas a data de nascimento e o CPF continuam os mesmos.
Então, é ou não é coisa de gente sádica? Ligar várias vezes para um ser humano, obriga-lo a enfrentar a lerdeza do atendimento automático e, no final, só pedir para confirmar o CPF e a data de nascimento? Se fosse o povo das “Lojas Expra Nada” eu até entendia, mas um cartão de crédito internacional...Eles só podem fazer parte da conspiração global.
Ô invençãozinha do Demo! Raramente serve para alguma coisa. Porque quando você precisa falar com alguém a pessoa nunca te atende e quando você não quer falar com ninguém, as pessoas sempre te acham.
Como vocês já devem ter percebido eu sou chegada em teorias conspiratórias. No caso do telefone, eu penso que, depois de desenvolvido pelo Mr. Bell, as grandes potências mundiais descobriram o potencial do aparelho como arma para enlouquecer as pessoas. E aí, desde então, temos centenas de cientistas trancados em laboratórios subterrâneos espalhados por todo mundo dedicando a vida a desenvolver formas cada vez mais sádicas de uso da engenhoca.
Por exemplo, tem coisa mais irritante que campainha de telefone ou toque de celular? Primeiro os toques eram monofônicos (uma desgraça!) e depois surgiram os toques polifônicos e aí tudo ficou pior porque descambou para o brega total. E o ser humano, neste sentido, não encontra limites. Basta ir a qualquer lugar público e ficar esperando. Você vai ouvir versões de “Festa no Apê”, barulhos de bicho, vozes imitando pessoas famosas, sons de buzinas. Normalmente acompanhadas por um sorriso orgulhoso do proprietário. Se o cara quer aparecer, porque não tenta uma melancia no pescoço? Melhor do que andar com um celular que informa que o seu dono é um brega-deslumbrado incurável.
Isso sem falar que normalmente esses “engraçadinhos” são aqueles que nunca ouviram falar de etiqueta para o uso dos aparelhos. Falam alto, atendem o telefone em qualquer lugar e simplesmente desconhecem como ativar o perfil silencioso.
Por mais que você se esforce, não conseguirá encontrar um toque de celular que seja discreto e elegante. Isso simplesmente não existe. Não é interesse dos cientistas desenvolverem tal maravilha tecnológica.
Mas não é só no aparelho em si que miram os cérebros da indústria do sadismo. Também têm os serviços como o famigerado telemarketing e o terrível atendimento automático. O primeiro foi desenvolvido para sempre te encontrar em casa (acho que eles têm algum sistema de rastreamento via satélite) e o segundo para que você nunca consiga falar com ninguém.
Vocês acham que é exagero? Eu tenho uma amiga que foi perseguida pelo povo da operadora de cartão de crédito dela. Eles queriam que ela atualizasse o cadastro. Insistiram. Até que um dia, depois de muita perturbação, a minha amiga resolveu ligar para a empresa e atualizar os dados cadastrais. Ligou. Esperou. Esperou. Perseverou e finalmente foi atendida pelo setor competente.
Pois não é que depois de toda essa odisséia tecnológica o atendente só perguntou o número do CPF dela e a data de nascimento? Pelamordedeus! Para qualquer pessoa idônea, como é o caso da minha amiga, essas duas informações são das poucas que não mudam nunca ao longo da vida.
Você muda de endereço, de emprego, de profissão, de estado civil, altera o número de dependentes, muda de salário. Muda até de nome. Mas a data de nascimento e o CPF continuam os mesmos.
Então, é ou não é coisa de gente sádica? Ligar várias vezes para um ser humano, obriga-lo a enfrentar a lerdeza do atendimento automático e, no final, só pedir para confirmar o CPF e a data de nascimento? Se fosse o povo das “Lojas Expra Nada” eu até entendia, mas um cartão de crédito internacional...Eles só podem fazer parte da conspiração global.
13.1.07
Quem é vivo... Desaparece!
É gente, andei sumida. Confesso. É que eu resolvi me dar um período sabático. Sabe quando a gente está precisando dar uma desacelerada depois de anos em velocidade máxima? Pois é. Recomendo para todo mundo. Ficar um tempo sem fazer nada. Ou melhor. Fazendo coisas que você nunca tem tempo de fazer. Tipo dar uma de Dona Walda, meeeesmo. Cozinhar para as crianças, fazer um curso de tapeçaria, ou trançado em fita, ou ler um livro acomodada na rede numa tarde de chuva. É o máximo! Experimentem se entregar ao ócio ( não, não é ao sócio boa-pinta daquele seu amigo. É ócio mesmo) e depois me contem.
Nesse meio tempo, muita coisa aconteceu. Até recebi três mensagens de anônimos. Como eu já havia postado no começo do blog (ler RSVP), não aceito mensagens de anônimos. Nem li o que escreveram. Se foram amigos, please, identifiquem-se na portaria da próxima vez, ok?
Nesse meio tempo, muita coisa aconteceu. Até recebi três mensagens de anônimos. Como eu já havia postado no começo do blog (ler RSVP), não aceito mensagens de anônimos. Nem li o que escreveram. Se foram amigos, please, identifiquem-se na portaria da próxima vez, ok?
Quem é vivo... Desaparece! 2
Essa coisa de anônimo, como já disse também, me parece coisa de AA e eu, sinceramente, prefiro os bêbados conhecidos. O que me faz lembrar uma coisa que alguém me disse certa vez quando estava muito preocupada com a receptividade de um trabalho. Eu tinha uma série de dúvidas e aí, meu amigo, um verdadeiro sábio, me falou: “se preocupa não. Um terço da população mundial é formada por chatos. Aquele tipo de pessoa que nunca vai gostar de nada que os outros façam”.
É verdade. Só acho que meu amigo, por ser um sábio, foi muito condescendente. Eu acredito que a proporção a favor dos chatos é muito maior. Eles estão em toda a parte para estragar aquela tua noite maravilhosa, a viagem bacana, o dia interessante. Estão sempre te puxando para baixo. Isso quando não colam em você e ficam falando bobagem a noite toda.
É por isso que dificilmente eu vou para um lugar sozinha. Chegar com a turma é uma forma de reduzir o risco de se encontrar sozinha cara-a-cara com um chato. Mas sempre tem aqueles que furam o bloqueio e ficam te fazendo pergunta indiscreta, igual àquela sua tia velha nas festas de família - “minha filha, quando é que você vai casar?” ou “ querido, por que você deixou aquela moça? ela parecia tão boazinha...”. Ou puxando assuntos completamente desinteressantes, tipo aquele seu primo na mesma festa de família. Fuja correndo.
É verdade. Só acho que meu amigo, por ser um sábio, foi muito condescendente. Eu acredito que a proporção a favor dos chatos é muito maior. Eles estão em toda a parte para estragar aquela tua noite maravilhosa, a viagem bacana, o dia interessante. Estão sempre te puxando para baixo. Isso quando não colam em você e ficam falando bobagem a noite toda.
É por isso que dificilmente eu vou para um lugar sozinha. Chegar com a turma é uma forma de reduzir o risco de se encontrar sozinha cara-a-cara com um chato. Mas sempre tem aqueles que furam o bloqueio e ficam te fazendo pergunta indiscreta, igual àquela sua tia velha nas festas de família - “minha filha, quando é que você vai casar?” ou “ querido, por que você deixou aquela moça? ela parecia tão boazinha...”. Ou puxando assuntos completamente desinteressantes, tipo aquele seu primo na mesma festa de família. Fuja correndo.
Assinar:
Postagens (Atom)