3.2.10

Onde estão os homens? I

Prestobarba é para os fracos!

Acho que estou ficando velha. E ranzinza, o que é pior, mas eu definitivamente não agüento essa praga em que os homens estão se transformando. Está cada vez mais difícil encontrar alguém que represente o sexo masculino com alguma dignidade.

Em parte, isso é culpa de nós, mulheres. Estamos ficando cada vez mais fortes e poderosas e os homens estão simplesmente perdidos. Aí começa a inversão de valores. E agora, os garotos é que estão se tornando a parte sensível do relacionamento.

Os sinais são evidentes e cada vez mais preocupantes. Ouro dia uma conhecida me contou uma conversa que teve com o namorado. Ele passou horas dizendo que estava cheio de conflitos internos. A colega, com pouco mais de 20 anos, ficou feliz em saber que seu amado era uma pessoa tão sensível.

Eu, no entanto, uma tia chegando rapidamente aos 40, achei péssimo. A confissão foi feita no cafezinho da redação. Um colega, repórter de esporte, deu sua opinião abalizada: “homem que é homem só tem conflito interno quando está com diarréia”. Bom, não precisava chegar a este extremo, mas é mais ou menos por aí o que eu penso.

Eu particularmente penso que homem com conflito interno só pode representar duas coisas:

a) A criatura está doida para sair do armário.

b) O cara está inventando conversinha para poder dar um fora na garota do tipo “o problema não é você, sou eu”.


Mas, vá lá, vamos admitir que o cara não seja gay e está realmente com conflitos internos. Nesse caso, meu conselho é: comece a correr desde já.

Primeiro que o amado vai começar a gastar uma grana com analista e vai ficar sem dinheiro para te levar para sair.

Segundo que, se ele não gastar uma grana com analista, vai te fazer de analista. Aí é pior ainda. Já pensou sair com uma criatura que não consegue fazer outra coisa que não falar de seus problemas pessoais? To fora. Total.

Até porque mulher – pelo menos as inteligentes – não faz isso. Nós contamos nossos conflitos internos apenas para as nossas melhores amigas, de preferência em uma mesa de bar e afogando as mágoas em torno de uma garrafa de destilado.

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